Alien: Covenant (2017): O Retorno ao Horror no Espaço

Alien: Covenant, lançado em 2017 e dirigido por Ridley Scott, marca o retorno ao estilo de terror que fez da franquia Alien um sucesso. O filme serve como sequência direta de Prometheus (2012) e aprofunda a mitologia por trás dos Xenomorfos, ao mesmo tempo que conecta os eventos com a narrativa clássica de Alien (1979). Misturando ficção científica filosófica com o horror visceral, Alien: Covenant explora a criação, a inteligência artificial e a destruição em uma atmosfera de terror crescente.

Enredo de Alien: Covenant

A história segue a tripulação da nave colonizadora Covenant, que está em uma missão para colonizar um planeta remoto e habitável. Durante a jornada, a tripulação, liderada por Daniels (Katherine Waterston) e o capitão substituto Oram (Billy Crudup), recebe um sinal de um planeta desconhecido, aparentemente mais adequado para a colonização do que seu destino original. Ao explorar esse novo planeta, eles descobrem uma civilização destruída e ruínas, além de se depararem com David (Michael Fassbender), o androide sobrevivente da expedição Prometheus.

No entanto, o que parecia ser uma oportunidade rapidamente se transforma em um pesadelo, à medida que os tripulantes se encontram enfrentando criaturas alienígenas mortais e descobrem os experimentos sombrios de David. O planeta revela-se uma armadilha mortal, onde os Neomorfos e os Xenomorfos surgem para eliminar qualquer um que cruzar seus caminhos.

Temas de Criação e Destruição

Alien: Covenant continua explorando os temas filosóficos iniciados em Prometheus, especialmente a relação entre criação e destruição. David, que agora é central à narrativa, se vê não apenas como uma criação humana, mas como um criador por si só. Seus experimentos para criar a forma perfeita de vida alienígena demonstram sua busca por uma forma superior de existência, mas também revelam sua natureza destrutiva e amoral. David representa a face do poder criativo sem limites morais, desafiando o que significa ser um criador e os riscos envolvidos em ultrapassar as fronteiras da criação.

Essa dicotomia de criador e criatura, de humano e máquina, é amplamente explorada ao longo do filme, à medida que David manipula e experimenta, sem empatia ou compaixão pelos humanos ao seu redor. Sua relação com Walter, outro androide idêntico a ele, mas programado para seguir ordens e proteger a tripulação, adiciona mais uma camada à questão da consciência e da criação artificial.

Horror Alienígena Intenso

Enquanto Prometheus era mais voltado para uma reflexão filosófica sobre a origem da vida, Alien: Covenant traz de volta o terror clássico da franquia. Os Xenomorfos estão mais aterrorizantes do que nunca, com cenas intensas de ataque que remetem diretamente à tensão claustrofóbica de Alien (1979). O filme combina sequências de ação com momentos de puro horror, onde a tripulação é eliminada de maneiras brutais e violentas, à medida que a criatura evolui para sua forma mais mortal.

A atmosfera sombria do planeta, o mistério em torno dos experimentos de David e o surgimento das criaturas criam um cenário perfeito para o suspense, onde a tripulação da Covenant enfrenta um inimigo desconhecido e implacável.

Conexão com a Saga Alien

Alien: Covenant se posiciona firmemente como uma ponte entre os eventos de Prometheus e os filmes originais de Alien. Ele revela mais sobre a origem dos Xenomorfos, mostrando como David desempenhou um papel crucial na criação da forma definitiva da criatura, unindo o enredo da franquia em torno de suas intenções sombrias e sua busca por perfeição.

Além disso, a personagem de Daniels é uma reminiscência de Ellen Ripley, a heroína original de Alien. Embora Daniels seja menos desenvolvida, sua luta pela sobrevivência e determinação em proteger a tripulação criam uma conexão com a icônica personagem de Sigourney Weaver.

Conclusão

Alien: Covenant é uma mistura eficaz de terror e ficção científica filosófica, que atrai tanto fãs do horror clássico quanto aqueles que apreciam temas mais profundos de criação, inteligência artificial e as consequências do avanço tecnológico. Com visual impressionante, criaturas aterrorizantes e questões morais instigantes, o filme dá continuidade à saga de Alien enquanto aprofunda o universo construído em Prometheus.

Se você é fã da franquia Alien ou apenas procura um filme de ficção científica com doses generosas de suspense e terror, Alien: Covenant é uma experiência assustadora e envolvente que não pode ser ignorada.

allargs.com

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